
Glaucoma é uma doença caracterizada pela perda progressiva da visão periférica, ou seja, seu portador passa a não enxergar os objetos nas suas laterais, acima ou abaixo da sua visão central, tendo por fim uma cegueira total irreversível quando não tratado adequadamente. É a segunda principal causa de cegueira no mundo, e a principal causa de cegueira evitável.
A principal causa do glaucoma é uma pressão intraocular anormalmente alta, que causa danos nos componentes do nervo óptico, responsável por levar a informação visual dos olhos até o cérebro.
Qualquer pessoa pode apresentar glaucoma, desde o nascimento (glaucoma congênito), adultos jovens até idosos. O risco aumenta consideravelmente com o envelhecimento, sendo que o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que exista quase um milhão de pessoas portadoras da doença com mais de 40 anos de idade no Brasil, dos quais 70% ainda permanecem sem diagnóstico.
Como dito anteriormente, pessoas com mais de 40 anos de idade têm maior risco da doença. Assim como pessoas com histórico familiar de glaucoma, negros, diabéticos, míopes, usuários frequentes de corticoide, pessoas com córneas finas entre outros fatores.
O glaucoma pode ser dividido basicamente em 2 tipos: primário e secundário. No Glaucoma primário não há uma causa específica para o desenvolvimento da doença, ou seja, existe uma predisposição genética para que o líquido interno nutridor do olho (humor aquoso) tenha uma dificuldade de completar seu escoamento natural, causando aumento da pressão intraocular e levando ao dano no nervo óptico. Já no glaucoma secundário existe uma causa que levou ao problema, como inflamações oculares (Uveítes), trauma/pancada no olho, uso crônico de Corticoides etc.
O glaucoma também pode ser classificado em de ângulo aberto ou fechado, de acordo com a obstrução ou não da íris sobre a região de escoamento do humor aquoso, chamada malha trabecular.
O diagnóstico de glaucoma é feito juntando todas as informações colhidas com o paciente durante a consulta, como doenças oculares e sistêmicas já existentes, histórico da família, e exames feitos na consulta de rotina (avaliação da pressão ocular e do fundo de olho), além de outros exames complementares que incluem Gonioscopia, mapeamento de retina, retinografia, Campimetria visual e tomografia do nervo óptico.
O objetivo é atingir a pressão intraocular ideal para cada paciente, ou seja, aquela em que não ocorre a piora da doença. Mesmo sabendo que a maioria da população normal apresenta uma pressão intraocular entre 10 e 21 mmHg, e que pressões acima de 21 mmHg levam a um maior risco de glaucoma, não devemos nos basear apenas nesse número, mas também na avaliação do nervo óptico, fibras nervosas e campo visual.
Tendo como foco a diminuição da pressão intraocular, o tratamento pode ser feito com colírios que atuam tanto diminuindo a produção do humor aquoso quanto aumentando seu escoamento, ou com laser e cirurgias que buscam o aumento da drenagem desse líquido. Apenas o oftalmologista irá saber a melhor maneira de tratamento e acompanhamento da doença.
Não. O glaucoma deve ser tratado como uma doença crônica, necessitando de acompanhamento contínuo, com intervalos a serem definidos pelo oftalmologista a depender do estágio da doença.
Rua Porto Alegre, 359
Bairro Brasil - Itu, SP
CEP: 13301-470
(11) 4024-0126
(11) 4025-4048
(11) 4025-0042
Todos os Direitos Reservados | 2020